Boca de escrever poesia

Mentes que orbitam esse mundo de forma estranha se encontram aos montes que de tão longe parecem montes de amontoadas montanhas ou um sei lá o quê, que dá vontade de pular, pular, pular pro mar e ver jogadas todas as essências ao vento e andar, cantar, sonhar e ver em seus sentidos a beleza de ficar, sentar e esperar, mas daí cansar, correr e se agarrar aos que habitam esse lugar belo, feio e estranho, cheio de sensações medrosas e gostosas e ver o cheiro do amanhã fazer delirar a mente do mais sábio, dito de mente sã. Mundo, mudo calmo, sereno. Mudo o mundo no meu pensamento.

Pode ser que seja regada de sentidos Ou talvez do nada Pode ser que seja o milagre Ou apenas existência Pode ser que seja uma criança inquieta Ou apenas um adulto sem cores Pode ser que seja eterna Ou acabável depois da próxima curva Pode ser a multidão Ou apenas um monte de solidão Pode ser que seja vazia Ou cheia como um balão de gás Pode ser tudo, também o nada E quem ela é, além de nós?

                     de   s                                        VvvvvvIiiiiiiiiiiiiddddddddda            a         a              o    e                                       n                                  bela   

Completamente preenchidos de tanta abstração, esses corpos movem-se, cantam, dançam e deixam um rastro de saudade por onde passam e não mais retornam. Deixam-se levar por cantos, lares, hotéis sujos de lamentações e um Q de perguntas irrespondíveis. Atualmente colocados em pé, frente à seus receios, eles disseram ser interessante a experiência, porém não querem mais vivê-la, foi também angustiante. Relataram três dias depois de sua volta que estiveram em todos os locais e em nenhum, nada lhes foi bom, tudo lhes foi belo. O passado foi tornando-se presente para depois vivenciarem seu futuro recolhido...

Os nós desencadeados em nós São de tanta pureza que inebriam nossa existência Delicia-se com teu fulgor Esse que de tão intenso encandeia-me Seus pedidos de ajuda Eles já não sabem como atender Já os teus pedidos de clemência Os teus ânimos ainda atendem São de comum senso que o senso já se foi Daquilo que não se queria fugir Ela não pode ficar Seus demônios acariciaram-na   Seus anjos cativaram-na Aquilo que é Aquilo que foi Lá no fundo de sua realidade Maravilhada com a dor que habitava Amanheceu em paz, deitada em chão duro, terra batida, grama verde, pessoas felizes...

Acho que é a alma Deve ser... Ficou aguda e sua agudez distorceu os segundos que eram horas... Essas horas infimas que te servem apenas de ponto de navegação, causa de teu naufrágio... Minutos para pensar, não rápido, necessariamente, para se salvar de seu rogo frágil. E esse ponto que finaliza a continuação desse pensamento almático de tantas súplicas inegáveis as quais ela ainda tenta alcançar..? É como lábios que tremem diante do viçoso vislumbre de todos os minutos, cada qual a se beijar. As palavras que a encobrem de ternura, sonhadora com cara de quem sabe o dia que não virá só pra ter a oportunidade de brincar com a noite que não se dará a ela com todo o encanto de quem sabe como se fazer em meio à vidas gritantes de vida..! E viva cada momento da vida. (Rsrs'! Bravo!) Por: Andarilhus Fortitudine e Patrícia R. Cavalcante

Escritos pontuais deixados para trás O encantamento da  alma em relação a vida aviva os pensamentos Pautadas na atualidade não está mais o que se escreve, as coisas não fluem tão bem como deveria (ou poderiam) A amplidão dos poderes do pensamento saltaram para fora desse planeta indo em direção ao universo, escuro, claro, infinito, cheio de pontos brilhantes e perigos convertidos em buracos negros Intensamente olhando para os lados e vivendo Agitadamente vendo os tons em vermelho da boca fascinante de existência longa e plena...

Quando foram embora os primeiros rastros de pura sanidade, ele foi à rua, deu sinal ao primeiro ônibus que passou e foi. Para onde ele foi o que havia no caminho eram rosas, pedras, caminhos estranhos à ele, ele que só pensava em si, ele que pensava em sentar e assistir o mundo girar, a bola rolar, o sangue escorrer e o nada engolir. E no primeiro momento em que surgiram resquícios de que ele estaria "variando", ele quase não pôde suportar. As palavas que ele falava surtiam um efeito aflito no corpo dela, e ela não quis mais sair dali, mas ele...ele não queria que ela estivesse ali. Seria vergonhoso à um homem não estar firme diante de uma mulher, dessa mulher. E ele voltou de sua longa viagem, essa que o inquietou por dias e dias.E ele quis ir outra vez, experimentar o mundo através de sua viagem, e foi. Voltou três dias depois sem dar a explicação que não era  necessária, ela estava satisfeita, era o que bastava.  E isso ocorreu ainda por mais três, quatro anos talvez e

E desse corpo que te transcende e chega O coração pensa amores E dessa alma outrora esvaziada A veia pulsante sem horrores E desse mente que vagava pela terra A fuga do controle sob suas histórias E dessa pele outrora fria A sensação que queima os sentimentos E dessa mão que move A saída dos desejos E desses pés que correram O cansaço já atordoou E desses olhos que viram ilusão A solução das palavras que não saem E da boca que nunca falou O temor já saciado E de todas essas que te habitam Os ouvidos abriram-se e os sentidos aguçaram a beleza do ser...

Modificamos nossas ideias com o passar dos tempos Amadurecemos, ganhamos conhecimento a cada dia mais Dependemos apenas de nossa mente De nossa vontade de estarmos abertos a receber novas experiências Obviamente que devemos filtrar Não aceitar o que julgamos errado, mas para isso temos que analisar com cautela para não corrermos o risco de nos tornarmos arrogantes e ignorantes Seres humanos tem ideais, isso é certo é também certo lutarmos para manter vivos os esses ideais Porém não parece ser correto trancar nossas mentes para o que é novo, para o que se apresenta à nós todos os dias Bem, é certo então, para esta que escreve, que seres humanos são seres que tem suas próprias opiniões, que sabem criticar, mas que também sabem respeitar Bom saber que somos seres diferentes uns dos outros Triste saber que nem sempre essas diferenças são respeitadas Não somos seres fabricados em indústrias prontas a moldar as mentes e os rostos Mas existem seres prontos a fazê-lo Bem, é isso

Se vai de longe gritar É melhor que grite pro mundo te escutar Essa peça de quebra-cabeça Encaixando-se no céu de tua boca Nos lábios onde há o vermelho perfeito As formas irregulares desses cabelos Coloridos pelo sol E olhar que hipnotiza Perde o equilíbrio e cai nos braços de quem ama Partidas as metades e encontros achados E os medinhos, ah esses medinhos Quem sabe não se vão a partir de agora Mas, se vai gritar Inconscientemente sabe que solidão aí não está Não é preciso isso pra conseguir te achar...