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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Aos poucos...

E aos poucos e aos bobos... Falamos como quem ouve um tilintar ao longe... Longe dos ouvidos, mas próximo, muito próximo do coração. Sentir, ouvir, ecoar notas... Aos poucos as palavras, os cantos... Aos poucos e aos tolos... Aos poucos e aos loucos , só palavras não são validas... Tem de haver sentir... Sentir os poros se abrindo e recebendo o orvalho da manhã, a luz do sol... A luz da lua, ora redonda, ora torta, ora sorridente, ora tímida... Aos poucos e à todos... Um pouco de tudo e um pouco do que é ou será, ou não é, ou nunca será ou apenas está lá... Parado, movendo-se...e tão inconstante... (às 20:58 do dia 27/02/2012)

Contrários...

E na mais boba ilusão de jogar-se do abismo e encontrar um tapete de flores, ela jogou-se e de fato encontrou-se num tapete de flores que a pegaram e jogaram-na de volta ao topo do abismo. As flores gritaram "Não volte mais, esse não é seu lugar, vá correndo para o seu contrário e lá você se encontrará". E ela foi, correndo para o contrário de si e nessa correria encontrou o coelho apressado de Alice e parou, olhou. Nada disse e correu. Apressada e calma... Um entremeio de olhares para si. Ela continuou olhando para dentro de si e para os lados, para fora e viu...

Mais visões...

É preciso quebrar as barreiras e conhecer...  Mais visões... Fotografar a alma e vê-la movimentar-se por não se deixar estática... E ser e sentir e viver tão livremente que eles não entenderão. Envolta em um algo sem descrições... Anda, anda, anda e sem pressa ela chega para de novo partir... Quebrar as amarras, conhecer. Muito mais visões...

Encontra-se

Encontra-se nessa pele de pura inspiração um corpo que dá moldes à imaginação e que quer dar asas à sua vida e voar... E sentir a brisa lá de cima... E seguir amando e sonhando... Ela segue, sim, ela segue... Reinando em um mundo criado e agora encrustado em si. Encontra-se nesse corpo uma alma... Uma alma que sonha e que liberta-se de medos a cada segundo que se passa... E liberta-se sem medo, a cada vento que sopra... E liberta-se, liberta-se... Encontra-se nessa alma, sentimentos... Esses que a guiam, que mostram metade do caminho, esperando que ela encontre a outra metade sozinha... Encontra-se nesses sentimentos... Ela encontra-se...

Segredo...

Ela perguntou o por que de tão sinceras palavras, se o único pedido foi de que se calasse e dissesse mentiras, ela ansiava por escutar mentiras, ela queria deliciar-se com elas - Mas e de que adiantaria gastar o seu precioso tempo com palavras que nada significariam? perguntou ele. - Não sei. apenas queria ouvi-las. - respondeu - Tudo bem, entendo, mas não as direi, não, não me peça tal coisa, isso para mim é sujo por demais, é perda de tempo, de ambos os tempos, os passados, os presentes, os não futuros. O verdadeiro que quer se instalar e sair e instalar e assim até que cessem os dias... Sei, tudo bem, então continue a falar suas minhas verdades, continue, não vou implorar-lhe para ouvi-lás. E assim seguiram nessa conversa de nexos, de lógicas. Amores... E assim continuaram, até chegar à um ponto... Qual? Segredo...

Corpos...

Foram corpos vítimas de uma explosão de sensações!!! A notícia correu solta pela cidade, ninguém podia crer naquela notícia. Aquilo foi um marco. O que? Sim, uma marco. O dia em que a mídia abandonou a futilidade dos fatos. Pois bem, voltemos ao ocorrido, era um dia de quarta-feira, eles saíram super cedo de casa, combinaram de se encontrar na avenida principal daquele país, depois disso dançaram, brincaram, correram, cantaram, se apaixonaram pela simplicidade, explodiram num êxtase de sensações até então inexistentes aos olhos do mundo. E os olhos do mundo o que conseguem enxergar? Bem, depende de como, depende de quando e depende da vontade de querer olhar e enxergar sem escrúpulos ou hipocrisias...

1988...

Foram longas aquelas férias do verão de 1988.  O sol queimava os telhados, as jovens saiam de suas casas com roupas diminutas, as senhoras ardiam em febre imaginária, os homens aproveitavam para por suas boas perversões em dia, as crianças corriam atrás do caminhão de sorvete, brincavam o dia todo de pipa, bila, bola, peão e o que mais fosse.  Os amantes ardiam envoltos em suas paixões, na cama embolavam-se, amavam-se. Foram longas as conversas no verão de 1988. Cadeiras na calçada, confabulações em plena madrugada. Gritos, uivos. Crianças... Foram pesadas as brigas daquele verão. Mas disso ninguém nunca se lembrava. E sem fim, foi lindo o verão de 1988.