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Mostrando postagens de agosto, 2013

Quando acordo...

Quero sentir teu cheiro Olhar tua boca entreaberta, carnuda Um corpo abraçado em outro corpo desnudo Tudo isso enquanto durmo Ver teus olhos de menino Assim fechados Relaxados em seu sono Sonhando com o dia de amanhã Tão calmo, sereno Atenuar seus temores Na suavidade de meus braços Te envolver em minhas canções Te ter em meus abraços E tão calmos nós dois Sozinhos nessa cama

Meninos de muitos lugares

Os meninos correm na beira da praia Vão todos descalços Descem a ladeira Sobem o morro O trapiche é seu lar Furtam pra comer Roubam pra viver Assim vivendo eles vão No compasso da vida Alguns fazem até canção E assim Até malandragem é labuta Sonhos de luta Sonhos de glória Amar como homens As meninas no areal Lutar como homens Pelo direito de ser igual

Relógio

Olho o relógio Ele está distorcido pelas cores do tempo E o tempo corre depressa Anda a 15km/h A menina se atrasa O colégio fecha as portas E não há mais tempo Diante do relógio de horas que retrocedem O relógio pára, não pára O tempo corre Discorre sobre sua condição Olho o relógio ele mostra que não tenho tempo Não tenho tempo à perder parada Minha rotina se acaba agora

De onde?

De onde saem as palavras? das mãos dos pés dos olhos da cabeça da boca do coração do corpo da alma De onde surgem as tuas questões? De onde ninguém mais poderia sugerir, e num lapso de memória, voltou a si e disse: -de onde vem tuas indagações tão sem sentido? Elas fazem menos sentido que tua curta vida. E de onde saem as tuas palavras, senão da ânsia de querer ser ouvido?

Quentes

Está quente, muito quente Sinto até as ideias derretendo dentro de mim Entram em colapso as palavras E de repente Vejo meias penduradas na lareira É natal! Mas não tem lareira em casa É o fogão à lenha Ele queima Está quente, muito quente E me vejo à metros do sol Minhas asas de cera Ícaro quem me deu Mas elas não nos foram suficientes Nem ontem, nem hoje Caí Pois estava quente, muito quente As ideias derreteram e agora repousam aqui...

Passos...

Saiu de casa Andou sem rumo Dobrou a esquima E eis o rumo Correu pra não cansar E no meio da corrida Caiu Levantou-se Chorou Limpou as lágrimas Continuou No meio da caminhada Cansou Parou Repousou E depois... Continuou E eram tantos os rumos Tantos os mundos Que ela apenas parou e pensou E eis que decidiu Retornaria Não sem antes sentir que já não era mais a mesma... Nunca mais seria...

Talvez...

Talvez nos vejamos amanhã Depois que a chuva passar Teu corpo e mente sã O sol sem saber o que é brilhar E talvez amanhã nem chegue Mas que chegue a primavera De um sol tão frio Que aprecio da janela Ou da calçada Onde escuto a bela voz Nesse tamanho de desejo Em teu corpo inteiro estar Me acaricio em teu beijo Nesse calor de amargar E talvez o que eu queira Onde eu quero te deixar  Onde a manhã de leve chega É exatamente seu lugar