Faltava apenas 1 ínfimo minuto para meia-noite e seu coração já batia tão aceleradamente que o ar se fazia rarefeito, e ainda sob o efeito dos entorpecentes poéticos, ria-se como criança que nada tem a perder com suas sinceridades. Meia-noite e lá vinha a bela figura em forma de gente, cantando mais versos de êxtase. Românticos na avenida, saiam a gritar, dançando cambaleantes, esquecendo-se sempre dos que querem paz à meia-noite, mas ninguém estranhamente importava-se, era a tradição outrora inventada e nunca enfeitada. Os versos eram naturais, e nunca escrevera-se uma linha, de modo que tudo de certa forma perdia-se no ar, viajava para ouvidos de outros românticos afastados e pela oralidade esses versos tornavam-se imortais, sendo sempre contextualizados nas terras onde caiam, mas nunca perdendo a essência daqueles de quem originaram. Suas melodias imitavam os versos e eram de um erotismo tão arrepiante que os que ouviam não se continham, pensavam e realizavam suas orgias, m
Assim, fazendo das palavras poesia é que me satisfaço...