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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Mudar...

Eram talvez 6 da manhã quando de súbito veio aquela ideia de levantar e não ser mais eu, digo, não ser mais aquela que há tanto tempo eu conhecia, aquela que nada a nada fazia. Era talvez um dia frio, que seria de monotonia, domingo talvez, acho que chovia, é, chovia lágrimas do céu. Ao longe uma música chata, os olhos fechados, a mente atenta, os ouvidos em alerta, o cheiro de café e o toque suave do lençol e por dentro a vontade sem força de levantar e já não ser mais eu, talvez metamorfosear, talvez flexibilizar a vida corrida. Era um domingo, de música chata ao fundo, de cheiro de orvalho e café. Eu ainda era a mesma.

Poeta

Você, tão poeta e tão menino Com suas certezas e medos Incertezas reprimidas E sua vida tão mal ouvida Tuas poesias tão frágeis Teus olhares tão transparentes Tua água transbordando o copo Tua vida a insaciedade Insanidade tua de cada dia Beleza rara tão aplaudida Poeta homem Ontem menino Hoje não é tarde demais para se entender