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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Humanos...

Ela estava sentada, lendo, bela como sempre e  do nada começou a chorar. Levantou-se, caminhou até uma grande árvore que ficava do outro lado da rua e subiu nela, de lá podia ver as montanhas, os telhados das casas e o que se fazia secretamente por sobre as lajes, ela ria, gargalhava e chorava. Aquela árvore certo dia foi arrancada de seu lugar e foi então construído um grande arranha-céu, onde o vento batia e nada acontecia. Ela ficou tristemente arrasada e como consolo os donos daquele prédio deixaram que ela subisse até o topo, quando quisesse e assim como fazia quando existia a árvore, ela podia ver toda a beleza que a rodeava, mas essa beleza já não existia mais, aqueles telhados, lajes, safadezas, montanhas, nada mais existia, e ela chorou, chorou e desceu de lá e olhou para o alto e nem o céu era possível ver e pôs-se a chorar novamente até que as lágrimas cessaram dando lugar à uma força que a fez gritar para aliviar toda a dor que sentia e enfim pode conformar-se com a ignorâ

A naturalidade de uma noite de chuva...

Eita...chuva que molha a face desses mortais Aquela festa molhada por uma chuva quase incessante, tão linda, tão limpa Há aqueles que não importam-se E aqueles que entregam-se e há também aqueles que escondem-se Naturalidade e beijos das criaturas Nossa chuva Danças na chuva encontradas, desritmadas, fervorosas, olhares desconfiados "Queria ser como eles" (Liam-se esses pensamentos nas mentes de outros mortais) Cantora que se deixa na mesmice não tira a felicidade desses mortais Olhares, olhares Conversas na noite de chuvosa Andanças na bela noite de chuva A criatura que olha com olhos bravos e a criatura intimidada por tal olhar Risos, risos...

Criança, criança...

Um coro que canta sombriamente envolto em aura de mistério alucinante Grita o corpo Grita alma Insanidade que apega-se a eles Ou elas que apegam-se a essa vã sanidade Um grito no meio do escuro é a voz que ecoa claridade Objetividade de vidas perdidas no caos de suas mente Mentes sãs Corpos sãos Um final tomado de recomeço E o coro desiste de continuar sua saga pela escuridão Isto, o que é isto... Nunca mais se viu tal beleza Nunca mais se ouviu tal, tal... tal beleza emanando desse corpo libidinoso Carne, carne, tão doce onde há o deleite, há o êxtase em sentir, tocar O corpo que explode da vontade de explorar os mais profundos segredos Emana calmaria desconexa, desconvexa Criança, criança, envolta em teus pensamentos de contos e fábulas...

Sem as reticências de outrora

Um mundão de boas opções a seguir depois que o caminho que está sendo trilhado "acabar". Uns se vão, outros vem e assim seguimos constantemente por esta que se chama vida. Amamos, buscamos amor, sorrimos e os causamos, choramos e também ocasionamos choros. Somos seres capazes de tudo, seres capazes de perder a humanidade por um gole do que seja. Seres capazes de amar e trazer o amor. Seguimos trilhas e mais trilhas ao longo de nossa jornada por esse mundo chamado Terra. Escrevemos em cavernas, até chegar aos ecrãs. Vivemos unicamente? ou... vivemos eternamente? Eternamente, nem ao menos sei o que, ou onde chegar com isso. (Essas danadas...) Esses ecrãs que cegam a mente ou enchem a mente de coisas e mais coisas... e mais e mais, e mais... Boas ou ruins. Vivemos ainda, num mundo de empatias e apatias, essas que nos ocasionam boas e más experiências. Também, preconceitos que o orgulho não permite com que sejam quebrados e preconceitos que aprendemos a desamarrar de nós  a med

Imaginação...

Um dia a muito tempo atrás disseram que não mais seria possível ao ser humano sonhar. Foi um alarde!!! Sonhadores descabelaram-se, gritavam, choravam. Perguntavam-se: - O que será de minha vida se eu não puder mais sonhar? O quê?o quê? - Sinto que a este mundo não mais hei de pertencer. Bem, quem espalhou tal notícia foi um tal senhor chamado... Como era mesmo seu nome? Isso não é importante. Pois é, ele começou a gritar aos quatro ventos essa tal história e tão grande foi a dimensão que logo todo o mundo soube da notícia. Mas, e por que acreditaram nele? Ele era apenas um homem. Somente um homem. Certo que se utilizou do jornal, do rádio, da TV, da Internet. (Nossa como essa pessoa gastou hein.) É, os homens quando querem são capazes do que é dito impossível. Na verdade diria até que ele era um sonhador, sonhador que sonhava acabar com os sonhos alheios. Mas o que atormentou tal ser a ponto de cometer tal absurdo? Bem, isso fica para a imaginação daqueles que ainda se permite

Só mais uma de minha mente...

No mar ao longe, encontra-se um barco, duas pessoas há nele, nenhum remo há Estão perdidos na imensidão que não os apavora Esperando então que algo mágico aconteça Pensa, pensa, pensa... Algo mágico aconteçaaaaaa. Gritarias, sussurros, beijos, amassos, abraços Vixi, que já é noite, cadê a lua? Ah, está ali, tão linda. - Vamos dormir, quem sabe amanhã aconteça algo mágico E dormiram e acordaram, dormiram, acordaram... - Estou cansada, quero ir para casa - Também estou cansado minha querida, mas cadê a sua fé Pois é, perdeu-se em pensamentos de café Já fazem exatos 5 dias que estamos aqui O meu amor por ti já aumentou diante de tuas palavras, carinhos, carícias A lua já se fez nova, crescente, cheia, minguante A magia está aqui desde que chegamos Então vamos para casa, vamos dormir e acordar Quero que nos façamos eternos em terras firmes... E eis que de repente o barco finalmente pára, barrado por um banco de areia Lindo lugar onde fizeram ninho, amor e filhotinhos...