Pular para o conteúdo principal

1988...

Foram longas aquelas férias do verão de 1988. 
O sol queimava os telhados, as jovens saiam de suas casas com roupas diminutas, as senhoras ardiam em febre imaginária, os homens aproveitavam para por suas boas perversões em dia, as crianças corriam atrás do caminhão de sorvete, brincavam o dia todo de pipa, bila, bola, peão e o que mais fosse. 
Os amantes ardiam envoltos em suas paixões, na cama embolavam-se, amavam-se.
Foram longas as conversas no verão de 1988.
Cadeiras na calçada, confabulações em plena madrugada.
Gritos, uivos. Crianças...
Foram pesadas as brigas daquele verão.
Mas disso ninguém nunca se lembrava.
E sem fim, foi lindo o verão de 1988.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Encontra-se

Encontra-se nessa pele de pura inspiração um corpo que dá moldes à imaginação e que quer dar asas à sua vida e voar... E sentir a brisa lá de cima... E seguir amando e sonhando... Ela segue, sim, ela segue... Reinando em um mundo criado e agora encrustado em si. Encontra-se nesse corpo uma alma... Uma alma que sonha e que liberta-se de medos a cada segundo que se passa... E liberta-se sem medo, a cada vento que sopra... E liberta-se, liberta-se... Encontra-se nessa alma, sentimentos... Esses que a guiam, que mostram metade do caminho, esperando que ela encontre a outra metade sozinha... Encontra-se nesses sentimentos... Ela encontra-se...

...

Por que essa incompreensão de palavras que me fazem pensar me movem de tal forma a me fazer andar de tal modo a me fazer viver de tal coisa que me fez... Tal vida não se compara a tudo isso que tenho vivido, mas que loucura a minha, essas coisas que não fazem sentido, na verdade são as que mais expressam sentimentos...