E na mais boba ilusão de jogar-se do abismo e encontrar um tapete de flores, ela jogou-se e de fato encontrou-se num tapete de flores que a pegaram e jogaram-na de volta ao topo do abismo. As flores gritaram "Não volte mais, esse não é seu lugar, vá correndo para o seu contrário e lá você se encontrará". E ela foi, correndo para o contrário de si e nessa correria encontrou o coelho apressado de Alice e parou, olhou. Nada disse e correu. Apressada e calma... Um entremeio de olhares para si. Ela continuou olhando para dentro de si e para os lados, para fora e viu...
Encontra-se nessa pele de pura inspiração um corpo que dá moldes à imaginação e que quer dar asas à sua vida e voar... E sentir a brisa lá de cima... E seguir amando e sonhando... Ela segue, sim, ela segue... Reinando em um mundo criado e agora encrustado em si. Encontra-se nesse corpo uma alma... Uma alma que sonha e que liberta-se de medos a cada segundo que se passa... E liberta-se sem medo, a cada vento que sopra... E liberta-se, liberta-se... Encontra-se nessa alma, sentimentos... Esses que a guiam, que mostram metade do caminho, esperando que ela encontre a outra metade sozinha... Encontra-se nesses sentimentos... Ela encontra-se...
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