Ela. ... ela havia perguntado como que num êxtase de sonhos, como se formaram suas ideias, o motivo de elas habitarem ali. E como haveria de saber o outro das formações de ideias alheias? pergunta boba, pergunta idiota.! Ora sua tola, pense um pouco, as ideias são suas, então obviamente você há de saber como elas se formaram dentro de sua mente um dia vazia. Mas ela queria era ouvir da boca de outro o motivo pelo qual ela tinha ideias, o motivo pelo qual ela questionava, o motivo pelo qual ela vivia de pensamentos e sonhos carregados de paixão. Ele, por sua ignorância em demasia, não entendia o porque da tola criança fazer-lhe perguntas, em sua concepção, tão inúteis e absurdas. Ora, vamos deixe disso, vá brincar lá fora, olhar o céu, admirar os transeuntes, vá fazer qualquer coisa que não seja me aperrear o juízo. Ela não entendia a causa de tão rude ignorância, por detrás de tão admirável inteligência. Que ignóbil, pensava ela, que ser ignóbil. É até vergonhoso pensar que teve coragem de lhe fazer pergunta que fosse, no fundo ela já sabia que alguns tem alma e mente fechadas depois de algum tempo, depois de algo. Bem, pensara em perguntar a outros, ela queria ouvir, ouvir, ouvir, ouvir, ah como gostava de ouvir o que os outros tinham a dizer sobre as ideias, sem que se deixasse influencia por tais. Influências, era o que ela percebia à sua volta, é disso que o mundo está cheio, de influências e feliz diante da estimada constatação, ela por hora deu por se aquietar.
A casa era cheia de altos e baixos Haviam muros altos Pensamentos baixos Haviam portas altas Coragem baixa Havia Tvs altas, nas alturas Voz baixa Havia camas altas Corpo baixo Os altos daquela casa, gritavam Os baixos, sussurravam Até que os baixos da casa não quiseram mais sussurrar E quando começaram a gritar Teve choro Teve sentimento Teve lamentação e arrependimento Teve cura...
Comentários
Postar um comentário