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Mudar...

Eram talvez 6 da manhã quando de súbito veio aquela ideia de levantar e não ser mais eu, digo, não ser mais aquela que há tanto tempo eu conhecia, aquela que nada a nada fazia. Era talvez um dia frio, que seria de monotonia, domingo talvez, acho que chovia, é, chovia lágrimas do céu. Ao longe uma música chata, os olhos fechados, a mente atenta, os ouvidos em alerta, o cheiro de café e o toque suave do lençol e por dentro a vontade sem força de levantar e já não ser mais eu, talvez metamorfosear, talvez flexibilizar a vida corrida. Era um domingo, de música chata ao fundo, de cheiro de orvalho e café. Eu ainda era a mesma.

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Entre ruas e poesias

Como se já não fizessem canções de amor do outro lado da rua ventania Correndo pra não andar pra trás Poesias de amor ou não Será que tanto faz? Vivendo atrás de utopias De amar entre coisas vadias Carros em avenidas Ruas coloridas de encanto Paixões na escadaria Nosso eterno espanto Olhando o barco se afastar Remando com as mãos Pra quem sabe um dia chegar E nunca mais se ausentar Do amor que ali está Vivendo entre ruas e poesias Paixões cheias de fantasias Ilusões não cabem aqui

Poeta

Você, tão poeta e tão menino Com suas certezas e medos Incertezas reprimidas E sua vida tão mal ouvida Tuas poesias tão frágeis Teus olhares tão transparentes Tua água transbordando o copo Tua vida a insaciedade Insanidade tua de cada dia Beleza rara tão aplaudida Poeta homem Ontem menino Hoje não é tarde demais para se entender