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Questão

Hoje com medo
Ontem esperançosa
Anteontem preocupada
Hoje feliz
Naquele natal sozinha
Naquele dia infeliz
Aquela tarde fora o que não sei explicar
Aquele toque era tudo que queria
De manhã sonolenta
De noite acordada
Cedo de meio-dia assim meio raivosa
Todos os dias e os dias não passam
E o tempo passa
E eu passo por ele
Sei ou não sei
Eis a severa questão

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Entre ruas e poesias

Como se já não fizessem canções de amor do outro lado da rua ventania Correndo pra não andar pra trás Poesias de amor ou não Será que tanto faz? Vivendo atrás de utopias De amar entre coisas vadias Carros em avenidas Ruas coloridas de encanto Paixões na escadaria Nosso eterno espanto Olhando o barco se afastar Remando com as mãos Pra quem sabe um dia chegar E nunca mais se ausentar Do amor que ali está Vivendo entre ruas e poesias Paixões cheias de fantasias Ilusões não cabem aqui

Poeta

Você, tão poeta e tão menino Com suas certezas e medos Incertezas reprimidas E sua vida tão mal ouvida Tuas poesias tão frágeis Teus olhares tão transparentes Tua água transbordando o copo Tua vida a insaciedade Insanidade tua de cada dia Beleza rara tão aplaudida Poeta homem Ontem menino Hoje não é tarde demais para se entender