Assim que a poesia devorou meu primeiro fio de cabelo, eis que logo se alastrou pelo corpo inteiro, fez morada em minhas mãos, fez morada em minha mente, fez morada em meus olhos, fez morada em meus sentidos, fez morada em minha pele, fez morada em meu vazio... Assim que a poesia devorou-me, regurgitou-me, em um ciclo sem fim, nunca mais estive aqui sem antes sentir, nunca mais pus os pés no chão, sem antes voar, nunca mais tive medo, nunca mais... Assim que a poesia devorou a última célula de meu corpo, senti que acabava de começar a viver...
Como se já não fizessem canções de amor do outro lado da rua ventania Correndo pra não andar pra trás Poesias de amor ou não Será que tanto faz? Vivendo atrás de utopias De amar entre coisas vadias Carros em avenidas Ruas coloridas de encanto Paixões na escadaria Nosso eterno espanto Olhando o barco se afastar Remando com as mãos Pra quem sabe um dia chegar E nunca mais se ausentar Do amor que ali está Vivendo entre ruas e poesias Paixões cheias de fantasias Ilusões não cabem aqui
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