Leio o jornal pela manhã, as mensagens são confusas, as notícias distorcidas em confabulações. Vejo o horóscopo, lembro-me que ele se repete na mesmice de suas palavras. O caderno de artes perde-se por vezes diante das futilidades, voltando-se a sua originalidade de tempos em tempos. A política já não é a mesma que nunca foi, diz-se no canto, ao final da última letra, bem do lado do rodapé. A economia? Xiii, essa anda cabisbaaaaixa. Os esportes, nada há de novo, a não ser... bem, nada. E a vida segue, cheia de notícias à dar, sem ter o porque, ou sem ter nem pra que, ou mesmo, sei lá o que.
A casa era cheia de altos e baixos Haviam muros altos Pensamentos baixos Haviam portas altas Coragem baixa Havia Tvs altas, nas alturas Voz baixa Havia camas altas Corpo baixo Os altos daquela casa, gritavam Os baixos, sussurravam Até que os baixos da casa não quiseram mais sussurrar E quando começaram a gritar Teve choro Teve sentimento Teve lamentação e arrependimento Teve cura...
Comentários
Postar um comentário