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Entrelinhas...

Entrelinhas de uma poesia minha, sublime, safada, alegre, medrosa. Entrelinhas de alguém que quem nunca quem saberia quem é quem. Entrelinhas do tédio. Entrelinhas do quarto escuro, porta trancada, lágrimas sufocadas. Entrelinhas de uma fotografia queimada. Entrelinhas sublimes da neblina que incorpora as fendas das montanhas solitárias. Entrelinhas enlinhadas no emaranhado nó de tua mente. Entrelinhas de um olho que coça, de uma cabeça que não para, de um ouvido que escuta demais. Entrelinhas do tédio novamente. Entrelinhas de você que vive aí sentado. Entrelinhas sublinhadas. Entrelinhas sem fim da história com um meio de conversas ilusórias. Entrelinhas de algo que não se entende.Entrelinhas de confusões. Entrelinhas de vidas vividas no hoje sem saber do amanhã. Entrelinhas de cadernos onde surgem as histórias mal contadas e escritas pra não contar nada. Entrelinhas de um minuto onde nada acontece. Entrelinhas de todo iso acima de 3200 que traz ruído e beleza. Entrelinhas de toda uma sociedade calcada na falta de educação. Entrelinhas de pessoas que não se importam se a porta está aberta. Entrelinhas de casas onde nada habita. Entrelinhas de uma mão frenética que não para. Entrelinhas dessa coisa que negocia contigo. Entrelinhas desses dígitos que não dizem nada. Entrelinhas daquilo que nada agrega. Entrelinhas da mudança que está por vir. 

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Entre ruas e poesias

Como se já não fizessem canções de amor do outro lado da rua ventania Correndo pra não andar pra trás Poesias de amor ou não Será que tanto faz? Vivendo atrás de utopias De amar entre coisas vadias Carros em avenidas Ruas coloridas de encanto Paixões na escadaria Nosso eterno espanto Olhando o barco se afastar Remando com as mãos Pra quem sabe um dia chegar E nunca mais se ausentar Do amor que ali está Vivendo entre ruas e poesias Paixões cheias de fantasias Ilusões não cabem aqui

Poeta

Você, tão poeta e tão menino Com suas certezas e medos Incertezas reprimidas E sua vida tão mal ouvida Tuas poesias tão frágeis Teus olhares tão transparentes Tua água transbordando o copo Tua vida a insaciedade Insanidade tua de cada dia Beleza rara tão aplaudida Poeta homem Ontem menino Hoje não é tarde demais para se entender