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Agora ele...

Com a voz cambaleante, doce e embriagante, ele pôs-se a cantar. E era tão bela aquela voz que gritava sonhos, gemia palavras, sussurrava delírios. E ainda com aquela sua voz cambaleante, ele declarou-se ao mundo, bradou aos quatro ventos todo o seu amor. Todo o seu despudor. Toda a sua arrogância, hipocrisia, ignorância. Todo a sua essência era ali, despida sem pudor. Sua alma mal se cabia de tanta liberdade. A sua vida se acabava lá onde palpitavam os corações apaixonados e recomeçava aqui onde esses mesmos corações continuam sem parar. A sua mente voava que nem passarim, procurava ninho, assim como também o céu imenso de ideias.  Seu mundo intenso de ousadia.
E ainda com aquela voz que suspirava devaneios ele se pôs à rua, sem medo de amar...

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Encontra-se

Encontra-se nessa pele de pura inspiração um corpo que dá moldes à imaginação e que quer dar asas à sua vida e voar... E sentir a brisa lá de cima... E seguir amando e sonhando... Ela segue, sim, ela segue... Reinando em um mundo criado e agora encrustado em si. Encontra-se nesse corpo uma alma... Uma alma que sonha e que liberta-se de medos a cada segundo que se passa... E liberta-se sem medo, a cada vento que sopra... E liberta-se, liberta-se... Encontra-se nessa alma, sentimentos... Esses que a guiam, que mostram metade do caminho, esperando que ela encontre a outra metade sozinha... Encontra-se nesses sentimentos... Ela encontra-se...

...

Por que essa incompreensão de palavras que me fazem pensar me movem de tal forma a me fazer andar de tal modo a me fazer viver de tal coisa que me fez... Tal vida não se compara a tudo isso que tenho vivido, mas que loucura a minha, essas coisas que não fazem sentido, na verdade são as que mais expressam sentimentos...