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Agora ele...

Com a voz cambaleante, doce e embriagante, ele pôs-se a cantar. E era tão bela aquela voz que gritava sonhos, gemia palavras, sussurrava delírios. E ainda com aquela sua voz cambaleante, ele declarou-se ao mundo, bradou aos quatro ventos todo o seu amor. Todo o seu despudor. Toda a sua arrogância, hipocrisia, ignorância. Todo a sua essência era ali, despida sem pudor. Sua alma mal se cabia de tanta liberdade. A sua vida se acabava lá onde palpitavam os corações apaixonados e recomeçava aqui onde esses mesmos corações continuam sem parar. A sua mente voava que nem passarim, procurava ninho, assim como também o céu imenso de ideias.  Seu mundo intenso de ousadia.
E ainda com aquela voz que suspirava devaneios ele se pôs à rua, sem medo de amar...

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Altos e baixos

A casa era cheia de altos e baixos Haviam muros altos Pensamentos baixos Haviam portas altas Coragem baixa Havia Tvs altas, nas alturas Voz baixa Havia camas altas Corpo baixo Os altos daquela casa, gritavam Os baixos, sussurravam Até que os baixos da casa não quiseram mais sussurrar E quando começaram a gritar Teve choro Teve sentimento Teve lamentação e arrependimento Teve cura...

Escritos...

Escreve na pele, para que não esqueças mais tarde de todas as palavras que te vieram a mente, em momento de êxtase ou calma. Tuas palavras vindas de tua alma tem profundidade avassaladora, e tu o sabes, sabes do poder de teu olhar, do poder de teus escritos, sabes que é capaz de fazer apaixonar por ti, aquela a quem queres. Escreve na pele se te falta papel, escreve com sangue, cicatrizes se te falta caneta. Escreve em mim a cada dia teus sentimentos vindos de teu belo ser. Escrevemos na história de nós o que ninguém é capaz de entender...