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Tão...Nós...

Você é tão, tão... como posso explicar? engraçada? não, não é isso. O que seria, é tão difícil por vezes, tão difícil e a dificuldade aumenta e diminui a cada nível que se passa e passou, passou o dia, a noite, a madrugada chegou e não consigo. Estou parado, perplexo, estático diante de ti, de mim diante do espelho e o que é, que é que queres de mim assim tão perto de ti. Não, não me peças por mentiras, nunca mais, eu não sei mentir, não pra ti, não prali, não pra nada. Sim, sim para tuas glórias inexistentes, tão sedentas de si, tão inquietas de mim, tão nada, tão fechada, tão mal amada, desalinhada, tão, tão... tão preguiçosa a pensar em futuros distantes, passados presentes na alma e o presente que de tão inconstante cansa-se de si e passa, passa o ônibus, o carro, a moto, a bicicleta, o pedestre e tudo o que fazem é rastejar, rastejar para caminhos opostos, dispostos a se encontrar e se desencontrar em caminhos de trilhas tortuosas e retas e curvas e cíclicas, círculos, círculos que se abrem e formam retas, absurdas retas verticais, onde há instabilidade de passos e pensamentos, onde os viajantes penduram-se com o propósito de cair e se entregar ao fundo, ao começo, ao início, ao pó, à fecundação, ao sexo, aos corpos que se encontram num êxtase, tesões, a transa quase infinita, gritos, gritos, excitações e, e não se chega o fim, não quer o fim dessa viagem, pra que se os seios são tão gostosos, se a masturbação simultânea é tão grandiosa... Mas por fim, por hora, acaba-se, mais tarde... mais tarde teremos mais e mais... 
E ainda não sei o que és, és tão, tão...pronto, já sei, calo-me diante das palavras inúteis, olhe-me, observe-me, não traduziremos-nos, fiquemos assim, indescobertos de mentirinha, pois o fundo já sabemos, eles não sabem, apenas nós sabemos, nós...

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