Essa brincadeira de brincar com palavras que a todo instante rodeiam a mente da pequena e seus grandes pensamentos que a tornam nada menos que gente grande e quando gente grande ela cansa e novamente torna-se a pequena que cai em braços que a afagam totalmente mole com os carinhos se deixa levar, dorme e se põe a sonhar e sonho é pesadelo e o grito no escuro a faz acordar para dar lugar ao sono ofegante que a faz ter um medo por horas inexistente, e que existe e inexiste e que agora foi pra bem longe. Já é manhã, hora de acordar e ver o pôr do sol, o que? o pôr do sol, ora logo se vê que a senhorita está tristemente morrendo de um sono que ainda não se desfez, veremos o amanhecer, o entardecer e logo após o anoitecer, o pôr do sol. Louquinha criatura louquinha de palavras desencontradas eita que essência de vida que se encontra nos desencontros, cabeça oca, cabeça fervilhante, cabeça cheia de ideias de seu mundo gigante, roda gigante que roda e roda. Ai, agora fiquei tonta de tanto rodar e girar e a poesia tá surgindo. Alguém arranja papel e caneta? Ou terá que pegar uma pena, cortar-se e escrever nela mesma com seu sangue vermelho colorido? Ah, a poesia se foi, vou correr atrás dela, vem cá, vem cá, corre não, tô com preguiça. Preguiça. Vou escrever no chão agora os meus sonhos, receios e desejos, deixe-me por um instante, um instante apenas. O que é um instante? Ah, é um instante ora bolotas.!!! Agora não quero mais que deixe-me, fique aí sente, contemplemos o que não se há para contemplar. O que pode ser? Ai, ai, já chega de me fazer perguntas, há momentos em que me desce a impaciência. porque isso? Por que aquilo? Porque a água é molhada? Oras, porque não é enxuta. Oxi!!! Tá bom, tá bom vou parar de te reclamar, vem aqui deitar comigo e sonhar os pesadelos de dançarinas bailantes no ar de vendavais que te levam a adormecer entre as madeixas de minha cabeça. Venha adormecer que é o melhor que podes e posso fazer. Pergunte não. Resposta tá escassa. Eita brincadeira de escrever palavras...
A casa era cheia de altos e baixos Haviam muros altos Pensamentos baixos Haviam portas altas Coragem baixa Havia Tvs altas, nas alturas Voz baixa Havia camas altas Corpo baixo Os altos daquela casa, gritavam Os baixos, sussurravam Até que os baixos da casa não quiseram mais sussurrar E quando começaram a gritar Teve choro Teve sentimento Teve lamentação e arrependimento Teve cura...
Comentários
Postar um comentário