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Menina...

Tão doce ver-se refletida em olhos transparentes
Espelhos reluzentes que trazem as lembranças
Tão tristonha a face da criança que se vê sem nada
Se vê sozinha, desamparada
Tão belo esse sorriso de menina
Cativante que só ela
Tocando clarineta na janela
Insinuando-se ao vento
Tão pura e casta como não é o desejo de ser
Menina dos olhos de lua...

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Entre ruas e poesias

Como se já não fizessem canções de amor do outro lado da rua ventania Correndo pra não andar pra trás Poesias de amor ou não Será que tanto faz? Vivendo atrás de utopias De amar entre coisas vadias Carros em avenidas Ruas coloridas de encanto Paixões na escadaria Nosso eterno espanto Olhando o barco se afastar Remando com as mãos Pra quem sabe um dia chegar E nunca mais se ausentar Do amor que ali está Vivendo entre ruas e poesias Paixões cheias de fantasias Ilusões não cabem aqui

Poeta

Você, tão poeta e tão menino Com suas certezas e medos Incertezas reprimidas E sua vida tão mal ouvida Tuas poesias tão frágeis Teus olhares tão transparentes Tua água transbordando o copo Tua vida a insaciedade Insanidade tua de cada dia Beleza rara tão aplaudida Poeta homem Ontem menino Hoje não é tarde demais para se entender