Matutino, amanheço em seu olhar
E profundamente acho-me por nele me perder
Acordando, procuro. Nele, fico a repousar
E o olhar me tem como tenho meus olhos no luar
Cantos apassarinhados me conduzem
nem sei pra onde, e por que iria?
Então passo pelos chilreios que reluzem
Ah, como é bom por ali me ver refletido
E sem ao menos esquecer seu sorriso
Me levo para ti ecoando notas que levam-se para longe por esse vento que me bate no rosto e me alegra de tal modo. Ah como é bom sentir!
Tão bem sei que nesse dia, esse mesmo que em você me irradia, não há porquê desistir
Seria impossível até. Ah, o quão bom é estar e perceber a sensação que esse sentimento nos traduz
Lasso de saudades que trancorre por todo o sol que perpassa minha pele, queima de mim esse querer de luz
Minha doce luz, dança diante de mim e lança-me os teus olhares, apaixonantes como só eles, e me diz, me diz
No compasso que entardece sem perder todo esse mistério em fugor, você pode sim fazer meu desejo um átimo de realidade feliz
Fruta que me dá, e o sabor que encontro nela, nem sei dizer, penso que seja algo, mas e por que dizer? prefiro que fique em minha memória, pois sei, você já sabe o que está em meus pensamentos
E no entardecer me dá o mel que acalenta meu sentimento
E noturno, durmo em teu olhar.
Volto a sonhar com o dia que se aproxima para assim, eternizar em você, o que só poderá morrer em mim.
Por: Andarilhus Fortitudine e Patty R. Cavalcante
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