Pular para o conteúdo principal

Gritos e olhares...

Jamais pude ver em teus olhos o que eles me diziam
Gritavam tão alto
e eu não escutava
O silêncio de tua mente me indignava
Mas o que havia a ser feito, senão ficar quieto e calmo?
Calmo como a lua que nos olha em face de noite com sua majestade
Às vezes os olhos arregalados, outras vezes os olhos baixos, e outras, olhos calmos e serenos
Apenas não deixe que caia sobre mim todos os seus pensamentos
sou humana demais para conseguir aguentar o peso de tuas loucuras
Loucuras minhas e suas
E ainda assim continuo a querer acalentar-me no vazio de teus olhos que gritam incessantemente
Que me olham em silêncio
Que me amarram em lugar frio e quente
Calmo e escuro
Calor de um verão que chegou, mas que no dia seguinte se foi
Se foi para tentar encontrar algo que o aqueça
Pois ele sozinho já não é mais capaz
e ainda continuo aqui a tentar entender esse fogo que arde em ti
Chama que não me queima, traz o medo
Medo esse que não me faz fugir, e ainda assim tenho saudades
Saudade esta que me faz reviver as lembranças gostosas de uma noite de chuva
Onde lá estava eu dançando sem me importar com o resfriado que viria logo depois
Dançando na chuva como pessoa feliz que ri sem se importar com olhares maldosos que estariam por vir
Resumos de vidas que nem em mil páginas poderiam ser resumidas e ainda assim estou eu
tentando ver o que há por trás desse olhar...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Entre ruas e poesias

Como se já não fizessem canções de amor do outro lado da rua ventania Correndo pra não andar pra trás Poesias de amor ou não Será que tanto faz? Vivendo atrás de utopias De amar entre coisas vadias Carros em avenidas Ruas coloridas de encanto Paixões na escadaria Nosso eterno espanto Olhando o barco se afastar Remando com as mãos Pra quem sabe um dia chegar E nunca mais se ausentar Do amor que ali está Vivendo entre ruas e poesias Paixões cheias de fantasias Ilusões não cabem aqui

Poeta

Você, tão poeta e tão menino Com suas certezas e medos Incertezas reprimidas E sua vida tão mal ouvida Tuas poesias tão frágeis Teus olhares tão transparentes Tua água transbordando o copo Tua vida a insaciedade Insanidade tua de cada dia Beleza rara tão aplaudida Poeta homem Ontem menino Hoje não é tarde demais para se entender